Prefeitura vai usar royalties para custear dragagem do Canal de São Lourenço
A Prefeitura de Niterói vai investir R$ 200 milhões para financiar a obra de dragagem do Canal de São Lourenço. Esperada há 40 anos, a intervenção aumentará o calado (profundidade) do canal de 7 metros para 12 metros e permitirá a entrada de navios de grande porte para impulsionar o setor de reparos e off shore, além de atividades portuárias. Os secretários municipais Giovanna Victer (Fazenda) e Luiz Paulino Moreira Leite (Desenvolvimento Econômico) reuniram-se, nesta terça-feira (21), com o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), Domênico Accetta, para definir o cronograma do projeto.
“A dragagem do Canal de São Lourenço é um dos principais fatores para a recuperação da indústria naval e a retomada de empregos no setor”, destaca Giovanna. “Queremos alavancar a economia e, principalmente, criar novas oportunidades de trabalho na cidade. Para isso, faremos um investimento usando recursos provenientes dos royalties. O retorno para o Município será enorme, tanto na geração de empregos, quanto em tecnologia, com reabertura de um mercado que está enfrentando sérias dificuldades”.
De acordo com a secretária de Fazenda, a Prefeitura apresentará em agosto um Plano de Desenvolvimento Estratégico do Setor Naval, elaborado em parceria com a Nit Negócios, agência de promoção de investimentos em Niterói. O estudo analisará a viabilidade econômica e o potencial de investimento para crescimento desta indústria nos próximos 20 anos.
Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Luiz Paulino Moreira Leite lembra que, para ajudar na revitalização da Indústria Naval, a Prefeitura financiou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima), orçado em R$ 772 mil. O levantamento foi concluído e entregue ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em janeiro deste ano.
Ele informa que o cronograma dos trabalhos foi elaborado nesta terça junto com o diretor do INPH. A reunião definiu os papéis de cada um, como uma espécie de força-tarefa.
“Caberá ao Município impulsionar a estruturação da área portuária de Niterói”, revela Luiz Paulino. A dragagem será supervisionada pelo INPH, responsável pelo projeto. Os trabalhos serão realizados de acordo com as orientações técnicas do Inea. Vão ganhar o município, estado e o governo federal. É uma iniciativa focada no viés econômico”.
Após a liberação do Inea, o EIA/Rima será apresentado pelo INPH aos órgãos competentes do governo federal. A partir daí, o órgão também realizará audiências públicas para explicar para a sociedade a importância da dragagem e do impacto positivo, além da readequação de pontos do projeto de acordo com a necessidade.
“A Prefeitura vem se mobilizando, articulando e financiando o estudo, e agora está liderando esse processo para revitalizar a indústria naval. Alinhamos as próximas ações para a implantação desse projeto importante”, comemora Acceta.
Novos negócios – Niterói começará a participar de rodadas de negócios a partir da apresentação do Plano de Desenvolvimento Estratégico do Setor Naval.
“Com essa perspectiva já avançaremos com trabalho de prospecção de indústrias náuticas e armadores das mais diversas nacionalidades para a cidade. Será o momento da captação comercial”, explica Marcelo Haddad, diretor da Nit Negócios.
Leia a matéria do O Fluminense.